Uma História de espantar
A História que eu vou contar,
Vai vocês fazer pasmar,
Talvez por alguns instantes.
Pois vai ficar-vos na memória
Por eu gostar de picantes
Para apimentar a História.
O que eu vos vou contar,
É uma História de espantar,
Vão ficar admirados,
Pelo menos por momentos.
O que eu consegui sentir,
Pensava já não existir,
Como existiu noutros tempos.
Eu e ela descobrimos,
Que afinal ainda sentimos,
Algo de gostoso e belo.
Aconteceu ontem à tarde,
Porque o fogo ainda arde,
Dentro do nosso Castelo.
Muito me surpreendeu,
Aquilo que aconteceu,
Só mesmo entre nós dois.
Começamos a brincar,
E mesmo sem esperar,
O Fogo estalou depois.
Eu próprio não estava à espera,
Que em plena Primavera,
Disparasse um tal calor,
Que antes tinha outro nome,
Que nós lhe chamamos ainda,
Mas na nova ortografia,
Chamam-lhe fazer amor.
O nome dela tem três letras,
E deixem-se lá de tretas,
Eu posso chamar-lhe mão,
Que é um nome perfeito.
O que vocês querem saber,
Eu não vos vou responder,
Porque vos tenho respeito.
Mas juro que foi verdade,
Esta História acontecer,
Quando eu menos esperava,
Foi real o tudo ou nada,
Mesmo sozinho onde estava,
Até fiquei todo a tremer.
Depois de noite até sonhei,
Que com ela me encontrei,
E estivemos a falar uns tempos,
Confirmou-me que foi bom,
E que também não esperava,
Que essa sensação se dava,
Apenas por pensamento.
Mas a vida segue em frente,
Ela é minha confidente,
E eu confidente dela.
Mas o que se passou entre nós dois,
Já faz parte do depois,
E Não se vai falar mais nela.
Juramos fazer de conta,
Que tudo o que aconteceu,
Ela merece e eu mereço.
Mas não me perguntem quem é,
Eu posso jurar até,
Que nem sequer a conheço.