DILEMA
EU TIVE UMA NAMORADA,
Que adorava de verdade,
E de quem muito gostava,
Sem uma ponta de vaidade.
A QUEM JUREI SERTO DIA,
Toda a minha lealdade,
Ama-la era o que eu queria,
E poder beija-la à vontade.
QUE NÃO LHE PEDIA MAIS NADA,
Foi o que eu lhe prometi,
Era a mulher mais prendada,
Que eu na vida alguma vez vi.
SE ELA ME DESSEO QUE EU QUERIA,
Eu seria o homem mais feliz,
Desde a noite até ao dia.
Ama-la foi que eu sempre quis,
MAS O AMOR É TRAIÇOEIRO,
E ela assim se aproveitou
E não fui eu o primeiro,
Que ela assim enganou.
E NÃO PERDOA A NINGUEM,
Que não consiga enganar,
Ela até se gaba que tem,
Namorados até chatear.
NÃO HÁ NEM SÓ O PRIMEIRO,
Que se gabe de a enganar,
Parece que lhe dá o cheiro,
De quem a quer ludibriar.
QUE DO QUE POSSUI DIGA BEM.
Não se gaba sem ter prova,
Não se gaba para ninguém,
Mas segundo namoro não aprova.
Eduardo Gonçalves. 1963 Maio.