MORAL
Sempre que os meus pensamentos
Forem por ti contestados
Não grites aos sete ventos
Que os teus é que são acertados.
Embora o não pareça
As coisas são mesmo assim
Eu não precisava de cabeça
Para outros pensarem por mim.
Mas porque assim não é
E nunca. Será certamente
Não pensem que eu ajo de má fé
Só porque penso diferente.
Não te julgues o/a senhor/a
Da verdade e do e do saber
Até o melhor professor
Tem sempre mais que aprender.
O saber é uma constante
A que ninguém conhece o fim
Por isso não sejas petulante
Pensa por ti e não por mim.
Emite a tua opinião
Mas não me forces a aceita-la
E não me impeças de a considerar
Se eu quiser considerá-la.
Pensar Com o coração
E decidir com a mente
È afirmar que os rios vão
Da foz para a nascente.
Dá-me o direito á diferença
Se me queres teu amigo
E para que eu te reconheça
O respeito que te é devido.
Quando todos usarmos amor
Em tudo quanto fazemos
A vida será bem melhor
Neste mundo em que vivemos.
Saber dar beleza á vida
È uma arte aprendida
Na escola da meditação
È não dar-mos sinal mais
Aos nossos bens materiais
E ouvir-mos o coração
Entender a natureza
Com toda a sua beleza
È o nosso grande dever
Para estarmos habilitados
E sempre bem preparados
E sermos felizes até morrer.
Aceitar que a vida é passageira
E que tudo tem o seu fim
È a virtude suprema,
Para viver uma vida plena
E sermos felizes até ao fim.
Tudo o que possamos fazer
De livre espontânea vontade
Que nos possa dar prazer
Sem trair a lealdade
Danos maior grandeza
Oferecida pela natureza
Nossa amiga de verdade.
A natureza que nos rodeia
Que nos envolve no seu meio
Ela própria nos premeia
Com a sua dádiva eu crei-o.
O homem tem que acreditar
Que nada pode mudar
Nesta lei fundamental
Que é nascer e morrer
E no entretanto viver
Muito ou pouco bem ou mal.
Autor Eduardo Gonçalves 1978