Quarta-feira, 9 de Janeiro de 2008
Traquinices. De miúdos.
Na minha primeira ida à vila. Fui comprar gasolina para o motor de rega. No regresso da vila encontrei-me com amigos + ou – da minha idade que andavam a jogar a bola debaixo de um sol abrasador, parei a olhar como eles jogavam. Convidaram-me e eu fui jogar abandonando o garrafão ao sol que passado pouco tempo com o calor ganhou pressão e a rolha saltou fora e a gasolina começou a ferver e a sair para fora só parou de sair quando mais de metade se tinha perdido. E eu só me lembrei que tinha cerca de 10 quilómetros para andar quando já mal conseguíamos ver a bola. Quando ficou escuro como não havia luar perdi-me, sai do caminho e a alternativa foi deitar-me no chão e dormir e esperar que nascesse o novo dia. Mal o dia clareou meti-me ao caminho, ao chegar a casa tomei conhecimento que os meus pais andaram a noite toda a me procurar cada um chorava para seu lado, eu também assustado com o cenário, misturei meia verdade com meia mentira, e disse que fiquei a jogar à bola e quando já era tarde e ao tentar ir de pressa para casa veio uma bruxa e levou-me para sitio desconhecido. O meu pai perguntou: E a gasolina que falta no garrafão? Foi a bruxa que a bebeu para ter mais força. Então e a bruxa fez-te mal? Não eu até que gostei de voar com ela, e para onde ela te levou? Só sei que me levou para as bruxas amigas dela brincarem comigo e depois ela veio por-me outra vez no caminho de casa. Traquinices que os nossos pais nos toleram, quantas vezes de mau grado, mas é ara que nós as toleramos mais tarde aos nossos filhos.
Os seus textos são retalhos
De uma história sem fim
Assim como os meus trabalhos
São um retrato de mim
Obrigado pelos seus comentários. E o Sr. já pensou em publicar as suas histórias? Eu já li coisas piores que as suas em livros! pense nisso e não deixe de escrever e mais uma vês obrigado
M-I-P
De
Fisga a 10 de Janeiro de 2008 às 12:25
Obrigado minha amiga pela força que me dá, eu quero muito fazer isso mas na hora de o fazer fico sempre inibido pela pobreza de que elas enfermam. Eu quero ver se arranjo tempo para lhe passar uma revista, e depois vou pensar nisso a sério. Eu tenho um outro blog onde eu estou a publicar com a maior fiabilidade que me é possível a minha história desde os meus 7 anos de idade, sobre tudo o quanto eu sofri em tempos de guerra e fora de alçada dos meus pais mas a falta de tempo leva-me a fazer interregnos de vários dias entre cada post . Mas também estou a fazer o que me é possível para a levar até ao fim. Que coincidirá com a minha aposentação. Obrigado pela atenção que me dispensa. fisga
De
Emanuela a 10 de Janeiro de 2008 às 01:45
Ai,ai... tua história também fez lembrar-me de uma boa surra que levei por algo assim, de esquecer a hora de voltar para casa por causa das brincadeiras.
É assim, uma história puxa outra, faz reavivar nossas lembranças...
Um beijinho , sem tolerâncias.Só com muito carinho!
De
Fisga a 10 de Janeiro de 2008 às 11:54
Ó Amiguinha, é engraçado que até ao nível da rebeldia nós temos pontos em comum. Com um pequeno senão: eu devia ser um pouquinho mais mentiroso. Sabes que eu adoro falar destas coisas de quando eu era miúdo e isso traz-me força para eu tolerar mais facilmente os meus netos, e até os meus filhos. Acredita que me sinto mais rico quando me sinto mais tolerante. É muito bom. Porque eu também tenho um feitio um pouco ríspido, e ás vezes amargo. Um beijinho minha amiga. E um bom dia de labuta.
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