Sábado, 29 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

EU FIFI.
A Alda entrou comigo ao colo para o carro e a Mme. Cacharel disse para o motorista. Vamos Sr. Michel. Ao chegarmos ao salão de alta-roda para gatos, eu fiquei abismada, com tanto luxo. Veio logo uma Mme. E disse esta é que é a famosa lady fifi? É esta mesma Rosy. Ai mas ela é uma Estrela, que beleza. Então o que é que a Mme. Quer fazer à menina É só pentear e colorar, cortar não. E que cor ou cores é que quer? – É assim este penteado é para a fifi ser apresentada a um suposto pretendente. ! A. Já sei mais ou menos. Já lhe mostro as opções que tenho. – Eu só quero ela, uma autentica Lady. – Com certeza. Mme. Cacharel! Veja aqui. – A A A! Este aqui parece-me bem o que acha? – É muito fino. Pois fica esse. Puseram-me sobre uma mesinha redonda e rotativa, que eu nem sonhava que existisse. Toda eu era carinhos, minha fofinha para aqui, minha fofinha para ali, eu sentia-me uma rainha. Depois de colorada e penteada, a cabeleireira mostrou-me a minha silhueta num espelho redondo que me pôs à minha frente, eu dei um pulo de espanto, porque não me reconheci e tive muito medo. A cabeleireira acalmou-me dizendo não se assuste minha linda porque não há motivo para isso, veja só como está linda para fazer o encanto do seu pretendente. Quando me reconheci, fiquei muito vaidosa mesmo. Estava uma autentica donsela. Eu estava mesmo um espanto. A Alda pegou-me ao colo e dirigiu-se para o carro, onde o Michel nos esperava.

 


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Quinta-feira, 27 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

                                                

 

EU FIFI
Sexta-feira: Menina Alda! Vamos preparar tudo para irmos com a Fifi à cabeleireira. – Sim Mme. Já estou a providenciar! Eu confesso, que estava algo nervosa, afinal nunca tinha ido ao cabeleireiro, mas também estava eufórica e muito contente. Depois quem sabe se eu não consigo dar uma espreitadela a ver se vejo o meu pretendente, de que eu gosto mesmo sendo rafeiro. De repente oiço a Menina Alda, Fifi! Venha cá, para irmos tomar banho e depois vamos à cabeleireira. Eu aproximei-me dela, olhei para ela e dei um mio daqueles que eu sei dar para comover as pessoas. A menina Alda olha muito pesarosa para mim e diz: O que foi minha prendazinha! E eu dei outro mio. E ela disse-me: Você tem saudades da Albertine? E eu voltei a miar esfregando-me meigamente nas pernas da Alda. Ela acocorou-se junto de mim e disse: Ó minha pequenina, eu vou falar com a Mme. Cacharel para mandar vir cá a sua amiguinha Albertine. E eu voltei a miar, como quem agradece, mas se era verdade que eu tinha saudades da Albertine, não é menos verdade que eu queria ir era mesmo a casa dos Diplomata, matar saudades de tudo o que já foi o meu mundo, mas enfim. Depois do banho tomado a Alda levou-me para junto da escalfeta para eu não arrefecer, enquanto ela me secava o meu lindo e fofo pêlo. Chegou a Mme. Cacharel e disse: Eu vou para o carro que o motorista já nos espera, depois vá ter comigo. Mme! A fifi tem saudades da Mme. Albertine, eu juro. Não se preocupe fifi, que a Albertine está de férias e eu vou convida-la para cá vir no Domingo assistir à apresentação da fifi ao loyd e vice-versa. Ai que bom fifi. E eu deitei um olhar muito meigo à Mme. Cacharel, para ela ver que eu percebi o que ela disse. Acabado que foi de secar o meu pêlo, A Alda pegou em mim ao colo e dirigiu-se para a porta da garagem onde o carro já me esperava.

 


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Terça-feira, 25 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

 

EU FIFI
E a Sra. O que fez? Indagou a Alda que é a criada de fora. Disse á fifi que ela é uma lady e não pode travar-se de amores com um rafeiro. Mas ele até é bonito! Não ponho isso em causa, mas não é um persa. E eu para a fifi quero um puro-sangue Persa, eu já falei com uma amiga minha que tem um Persa que é uma estrela, e ela não se importa de um dia o apresentar á fifi.
Estou a pensar em lhe telefonar para marcarmos o encontro, mas para isso ainda tenho que levar a fifi ao cabeleireiro, para fazer um lindo penteado e colorar o cabelo para que o Loyd goste dela e veja que ela é uma lady. Mas primeiro vou telefonar à mme. Alpaca. Enquanto a Mme. Cacharel decidia sobre o meu destino, eu ouvia muito caladinha mas algo alegre, porque tudo o que a Mme. Cacharel queria fazer de mim me agradava, afinal eu queria mesmo ser uma lady. Menina Alda! Já falei com a minha amiga Alpaca, ficou assente que as apresentações serão no Domingo aqui no nosso jardim. Também já falei com a cabeleireira e a fifi vai fazer a sua nova silhueta, na sexta-feira-feira, de manhã. E diz a Alda isso é muito bom, porque assim no Domingo ainda a fifi está muito bonita, para o Loyd, porque ainda não estragou o penteado. E como é que a Mme. Está a pensar mandar fazer a coloração? Eu depois falo com a cabeleireira, conto-lhe qual é o objectivo e ela dá-me uma opinião. Mas a Mme. Não vai sozinha com a fifi à cabeleireira, pois não? Não Alda, você como de costume acompanha-me sempre. Que bom Mme.

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Domingo, 23 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

EU FIFI

Estava eu muito distraída a brincar com ele, quando vejo um F 40 a parar junto do portão, era a Mme. Cacharel que parou para a empregada ir abrir o portão. Eu que sabia o carinho que ela tinha por mim, dei um mio mais alto que o normal para chamar a atenção da Esmeralda que logo me viu e disse: Mme. Está aqui a fifi. E eu fiz de conta que estava distraída com o meu gatão. A Mme. Entrou com o carro e enquanto a Esmeralda fechava o portão ela fez questão de sair do carro e foi fazer-me uma festinha. Foi então que ela reparou no meu pretendente e disse: O minha fifiazinha você anda de amores com esse mariola? Não minha lady você não pode misturar o seu sangue puro com o sangue desse rafeiró-te, que embora seja bem bonito, mas não é um Persa. E eu tentei dizer-lhe que gostava muito dele, e ela percebeu que eu o queria, ela disse-me: Pois é mas tem que entender que ele é só um rafeiro. Eu com alguma tristeza, também fiz questão de mostrar que percebi o que ela me disse e com um mio de tristeza e sem me despedir do meu eleito corri dei um salto para dentro do carro e a Mme. Achou tanta graça que desatou a rir entrou no carro fechou a porta e arrancou em direcção a casa. Ao chegar a casa mandou chamar toda a criadagem para dar a novidade. Então vocês sabem o que eu e a Esmeralda vimos? A lady fifi junto do portão de conversa com um gato rafeiro que de vez enquando ronda por aqui. Estavam de amores um pelo outro.

 


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Sexta-feira, 21 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

 

EU FIFI

Abeiramo-nos da rede eu e ele eu do lado de dentro, e ele do lado de fora. Como eu não sabia quanto tempo a Mme. Cacharel ia demorar, pensei: Vou-me abeirando do portão e ao mesmo tempo ver se ele me segue, se de facto ele estiver interessado em mim, de certo que me vai seguir. Nós as gatas, temos um sétimo sentido para estudar os nossos pretendentes, eu tenho aprendido à minha custa, porque por meu mal não tive a sorte de ter uma mãe que me ensinasse, porque teve a infelicidade de morrer era eu bebé, também não sei muito porque a minha experiência de namoro também é muito parca, porque, ainda sou muito nova, apesar de já ter sofrido bastante. Ao abeirarmo-nos, um do outro eu dei um mio muito terno e ele respondeu com um mio de apaixonado, eu dei outro mio e comecei a andar em direcção ao portão. Ele ao ver-me afastar-me, ficou sentado e a anafar os bigodes com a pata e com a língua, eu olhei para a língua dele e parecia mesmo uma enguia a deslizar pelos bigodes dele.

Enquanto ele acabava de se anafar, eu sentei-me um pouquinho a ver se ele me seguia, e ele lá foi indo na minha direcção até que ficou juntinho de mim, como que para me mostrar os seus belos e farfalhudos bigodes. Aí trocamos umas lambidelas, pelo buraquinho da rede, e de seguida eu andei mais um bocado. Como ele arrancasse logo a traz  de mim, já não parei senão junto do portão. Então aí comesse mos a acariciarmo-nos um ao outro, e ele pedia-me que virasse o meu traseiro para ele ver, mas eu fiz-me desentendida embora não me faltasse vontade tinha que manter a decência e compostura de uma gata que se presa.

 


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Quarta-feira, 19 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

EU FIFI

Eu não sei a que estirpe ele pertence, tenho medo que não seja o príncipe que a Mme. Sonha para mim. Mas eu confesso que comecei logo a imaginar-me, vestida de noiva, acabadinha de dar o nó com o meu príncipe encantado. Ele ao ver que eu me aproximava dele deu um mio muito apaixonante, também ele se agradou de mim, mas não podia chegar junto de mim porque todo o recinto estava vedado, com uma rede miudinha que nem um ratito passava. Mas mesmo assim conseguimo-nos cheirar um ao outro, eu nunca tinha sentido um cheiro tão cativante como aquele. Ao afastar-me dele disse-lhe se aqui veres amanhã a esta hora eu estou aqui para nos vermos. Fui continuando com a minha volta mas já não fui capás de me concentrar em mais nada, que não fosse aquele lindo gato. E se ele é algum vadio, ou de alguma raça rasca? Comecei logo a pensar na maneira de a Mme. Cacharel me ver de olho nele, assim logo via como é que ela reagia ao nosso hipotético namoro. Se ela o aprovava ou se ele era algum vagabundo e eu tinha que pensar em esquece-lo. No dia seguinte eu não via chegada a hora de ir ver o meu amigo gato, e enquanto isso ia pensando na forma de a Mme. Me poder ver com ele. Andava eu a pensar nisto enquanto passeava, eis senão quando vejo a Mme. A sair de carro, devia ir às compras. Mal ela saiu o portão, fui logo sondar o terreno na mira de poder levar o gato, quando ele aparecesse, para perto do portão para sermos vistos por quem entra e quem sai da mansão. Entretanto o meu eleito apareceu, vi logo que também ele, tal como eu não via chegada a hora de nos encontrar-mos.     

 


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Segunda-feira, 17 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

 

EU FIFI

Olha minha querida fifi. Eu quero arranjar-te um marido sim. Mas primeiro tem que ser baptizada porque eu quero que você seja uma Cacharel. Lady Cacharel, depois então vou arranjar para você um persa muito belo para se casar com a lady Cacharel. Depois vocês vão ter filhinhos e vão ser muito felizes juntos. Mas que falta me fás a Minha grande amiga Albertine, para lhe explicar o meu passado triste com um gato mal formado e bruto, e p que eu sofri com um aborto provocado por maus-tratos, sim porque a Mme. Albertine, já sabia o que eu queria dizer só de olhar para ela, e para além do mais viveu comigo todas as minhas dores de corpo e de alma. A Mme. Cacharel, é muito amável comigo, e delicada, mas tem um senão, não conhece o meu passado recente. A minha esperança é que um dia a saudade bata no coração da Albertine, e ela resolva vir-me visitar, sim porque ela deve saber onde eu estou. É que se ela me viesse ver, para além de matar saudades dela, aproveitava para lhe dizer que contasse a minha história toda à Mme. Cacharel, e assim ela saberia melhor como fazer em relação ao meu futuro noivo. E aí quem sabe ela me ia explicar tudo o que eu queria saber, mas que nunca ninguém me explicou, seria a minha falecida mãe, mas a morte levou-a antes de eu ter a idade para ela me explicar. Bom, mas não vou agora ficar aqui a chorar o leite derramado, vou dar uma volta ao jardim familiarizar-me com as redondezas da casa. Ao chegar perto do portão de entrada, vi um gato, que fez o meu coração bater com força. Mas não foi de medo, foi de …. Não sei explicar, mas parecia amor, ele era tão bonito e tinha um olhar tão meigo que eu fiquei, … provavelmente apaixonada. Era muito grande, mas não me inspirou medo antes pelo contrário, inspirou-me confiança e segurança, foi uma sensação que eu ainda não sei bem o que significa, mas é algo de muito bom.  

 

 

 

 


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Sábado, 15 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

 

EU FIFI

Ao ver tudo aquilo, a minha primeira lembrança foi, como eu gostava, de poder mostrar tudo isto à minha grande amiga Albertine. Mas provavelmente nem nunca mais a verei. Então pus a minha cara mais meiga que eu sei por e olhei para a Mme. Cacharel com muita ternura e ela percebeu que u lhe estava a agradecer. A Mme. Cacharel mandou a empregada Esmeralda e disse: Esmeralda, vá arranjar umas sopinhas de leite, meio gordo para a fifi mas atenção o leite é só morninho, para a ffi não se queimar, e você Michel, vá por água na tigelinha da fifi, e ponha junto da cama, faça-lhe a caminha e ponha uns biscoitos na tigelinha da comida para ela se entreter enquanto se fás o jantar. Eu estava tão contente que só me apetecia era que a Mme. Diplomata fosse lá de visita para ver o carinho com que eu estava a ser tratada em casa dos Cacharel. Enquanto se fazia o jantar, a Mme. Cacharel sentou-se na sala mais o marido, o Sr. Rodolfo Cacharel e começaram a falar, sobre mim, então a Mme. Dizia: o que você acha de pensarmos em arranjar um namorado para a fifi? Eu quando ouvi o que a Mme. Disse, toda eu tremi, pois o trauma daquele encontro com aquele brutamontes que quase me rebentava toda, ainda estava bem marcado na minha memória, e eu sem saber nada destas coisas pois tive a infelicidade de ficar sem a minha mãe tão cedo e nunca tive ninguém que me explicasse nada sobre as relações sexuais entre gatos, isto deu para só me apetecer fugir e voltar Mara casa dos Diplomata, e como saber o caminho? Bom deitei um olhar de censura à Mme. Cacharel que ela percebeu como se eu falasse para ela que tinha medo, mas ela não sabia nada da má experiência que eu tinha tido, nem sequer sabia que eu já não era virgem, não sabia que eu já tinha sido alvo de uma gravidez mal sucedida.    

 

 


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Quinta-feira, 13 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

EU FIFI.

Tiraram o paninho de ceda que ia a tapar o cesto, e eu muito encolhidita no fundo do cesto a olhar para a Mme. Cacharel, que fez questão de me fazer entrar na nova família. Pegou-me com todo o carinho e cuidado, e exibiu-me à altura da sua cara e disse: vejam lá se não é uma coisinha linda e fofa?! Ai que maravilha de bichinha. Disse a criada Esmeralda. E a Mme. Cacharel disse: Meninas! Isto serve para todas. A partir de hoje e até ao dia do baptizado, ela vai ser a dona fifi, sim porque ela vai ser baptizada e depois vai ter o apelido dos Cacharel. Depois a partir desse dia será a Lady Cacharel. Depois de eu ter sido coberta de beijos, abraços e tudo o que tem a ver com carinhos, e feitas todas as apresentações, a Mme. Cacharel disse-me: E agora nós menina, vamos lá a ver o seu enchoval, a ver se gosta. Olha meu amor, esta caminha vai ser a tua a menos que não gostes dela. Trata-se de uma cama em madeira de grande qualidade disse a Mme. Cacharel, Tratar-se de madeira de faia encerada coisa linda, com um colchão de espuma, forrado com um tecido muito fofinho que, disse a Mme. É de cetim dois lindos lençóis de flanela muito fina, dois cobertores de algodão e uma colcha também muito linda com dois lados utilizáveis e de cores diferentes. É um sonho de cama. Isto aqui, é a tua tigelinha para o teu comerzinho, é de loiça muito boa, o aço inox é o que se usa mas tem uns rebordos esquisitos onde acumula gorduras que acabam por ser uma coisa pouco higiénica. A tua tejelinha para a água é da mesma loiça, A tua banheira para os teus banhos matinais é de esmalte azulinho, e finalmente o teu W.C. Todo em madeira de cerejeira e forrado com Plástico próprio. Agora diga de sua justiça gosta? Você aqui vai ser uma princesa e o seu reino vai ser a casa Cacharel.

 

 

 

 


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Terça-feira, 11 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

 

EU FIFI

Passados alguns minutos, a Mme. Diplomata regressa com um cesto de verga na mão tapado dom um pano branco de seda pura, e cosido á volta do cesto. E virando-se para a Mme. Cacharel disse: Isto é uma oferta minha, para a Mme. Que me merece todo o respeito e atenção. A Mme. Cacharel, agradeceu e disse: mas não era preciso nada, a minha vinda cá foi só para lhe dar um beijo e pormos a conversa em dia. A Mme. Diplomata segredou-lhe ao ouvido. É a fifi, é uma atenção minha, mas não comente com ninguém, e trate muito bem dela que ela é uma querida. E eu dentro do cesto muito caladinha e quietinha, para não dar bandeira, que eu apesar de de saber que ia chorar muitas lágrimas pelas minhas amigas lá da casa, parece que ainda não estava a acreditar que me ia ver livre daquela peste da Mme. Diplomata. As tive uma pena enorme de não me poder despedir da Albertine, que só eu sei. Ao chegar a casa a Mme. Cacharel, poisou o cesto com muito cuidado no chão e disse para a Leila. Tome conta deste cestinho e não deixe que alguém se aproxime dele, porque tem aqui uma prenda que vale ouro. Eu vou à rua comprar uma caminha e um W.c. para o bichinho. !E que bichinho é? É uma gatinha chamada fifi, é a coisa mais linda que eu já vi! Ai que bom eu gosto tanto de gatos. Pois mas esta é uma gata. Eu muito quietinha dentro do cesto, embora não visse chegada a hora de sair de lá, só por adivinhar a recepção que m esperava, eu não cabia dentro da minha pele. Uma cave faz a porta abrir-se! Ora aqui está o principal para a dona fifi entrar na sua nova família. Vamos lá então proceder à entrada do último e mais querido membro da família.

 

 


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Domingo, 9 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

 

 

EU FIFI

Passados alguns minutos, a Mme. Diplomata regressa com um cesto de verga na mão tapado com um pano branco de seda pura, e cosido á volta do cesto. E virando-se para a Mme. Cacharel disse: Isto é uma oferta minha, para a Mme. Que me merece todo o respeito e atenção. A Mme. Cachrel, agradeceu e disse: mas não era preciso nada, a minha vinda cá foi só para lhe dar um beijo e pormos a conversa em dia. A Mme. Diplomata segredou-lhe ao ouvido. É a fifi, é uma atenção minha, mas não comente com ninguém, e trate muito bem dela que ela é uma querida. E eu dentro do cesto muito caladinha e quietinha, para não dar bandeira, que eu apesar de de saber que ia chorar muitas lágrimas pelas minhas amigas lá da casa, parece que ainda não estava a acreditar que me ia ver livre daquela peste da Mme. Diplomata. As tive uma pena enorme de não me poder despedir da Albertine, que só eu sei. Ao chegar a casa a Mme. Cacharel, poisou o cesto com muito cuidado no chão e disse para a Leila. Tome conta deste cestinho e não deixe que alguém se aproxime dele, porque tem aqui uma prenda que vale ouro. Eu vou à rua comprar uma caminha e um W.c. para o bichinho. !E que bichinho é? É uma gatinha chamada fifi, é a coisa mais linda que eu já vi. !Ai que bom eu gosto tanto de gatos. Pois mas esta é uma gata.

 


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Sexta-feira, 7 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM.

 EU FIFI

Estava eu muito descansada, a pensar com os meus botões, quando oiço a Albertine: fi fi! Venha cá depressa, para lavar os pezinhos que a Mme. Diplomata, quer apresenta-la a umas visitas. Lá vou eu ter que servir mais uma vez de amostra, para aquela gentinha que se calhar até têm medo de mim, ou nojo sei lá. Depois de lavadas as minhas patinhas, e por um pouquinho de perfume do da Mme. Diplomata, lá fui eu levada às mãos da Mme. Diplomata. Depois de feitas as apresentações, a Mme. Diplomata disse-me: Então fifiazinha, não cumprimenta as pessoas? E eu muito contrariada, deitava o meu olhar meigo ás pessoas e dava dois ou três mios muito cativantes. De repente a Mme. Cacharel, disse: Ai mas que coisa tão linda! Os meus olhos nunca viram nada assim! A Mme. Diplomata não se importa que ela vá passar umas férias a minha casa? Creia, que vai ser tratada e estimada como uma Princesa. A Mme. Diplomata, ficou como que sem palavras, e disse: A gente no fim fala sobre isso. Enquanto durou a visita eu nunca mais tive ordem de por os meus pés no chão, nem sequer se lembraram que eu podia querer ir à casa de banho, lá junto da minha macieira madrinha. Quando foi junto da hora das despedidas, a Mme. Diplomata, disse para mim: Fifisinha diga adeus a estas senhoras porque chegou a hora. E eu depois de tantos beijos na minha face e na cabeça, deitei um olhar muito simpático por todas elas e miei muito simpaticamente, para lhes agradecer. A Mme. Diplomata pegou em mim e ao contrário do que era costume, não chamou a Albrtine pegou em mim e saiu pedindo licença ás visitas, com um : É só um minuto.    

 


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Quarta-feira, 5 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

EU FIFI

A seringa que eu estava a preparar, era para lhe averbiar o tempo de sofrimento, porque só eu entendia a agonia em que a bichinha estava. Sorri para ele e emiti uns ronrons como que lhe disse, olha a sorte que eu tive. Por mais de uma semana, estive num estado mesmo miserável, mal conseguia dar alguns passos, não podia respirar fundo, não podia articular a minha coluna vertebral para fazer a minha ijiene, era um sofrimento atroz. Entretanto apareceu Mme. Diplomata, e disse: Esse animal tem que ser levado para uma casa onde nós não tenhamos contacto com ele! É perigoso estar junto de nós, deve estar cheia de febre. Albertine respondeu: Mme. Ela não está bem e se ela começa a ser mal tratada, eu e a grande maioria dos criados abandonamos esta casa. Com um fungar altivo, Mme Diplomata deu meia volta e entrou no aposento. Nas cozinhas lá em baixo, algumas das mulheres mais idosas, vieram ter comigo e dizer-me que estavam muito felizes por eu estar melhor. Entretanto, lembrei-me das palavras da velha macieira, que me disse isso não é o fim. Agora eu também sei que não é o fim. Agora já estou melhor e já me ausento por algum tempo para mais longe da minha cama, já vou até ao jardim de vez enquando oiço vozes dizerem então a fifi? ela já está bem? Isso me deixa muito feliz, porque sei que sou muito querida pela maior parte das pessoas naquela casa.

 


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Segunda-feira, 3 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

EU FIFI.

Albertine humedeceu a minha boca com água, porque eu a partir do acidente, empalidecia em frente do leite, dia após dia ela ia-me persuadindo a comer. Um dia o veterinário disse; Não há esperança nenhuma, ela vai mesmo morrer. Não vai durar mais que um dois dias. Entretanto eu entrei em coma. Mesmo em coma, a certa altura pareceu-me ouvir o ranger dos galhos das arvores. Gatinha? Dizia-me a macieira, tem calma, isto não é o fim. Entretanto, ruídos estranhos zuniam na minha cabeça. Vi uma luz amarela e muito brilhante. Vi coisas maravilhosas e até senti o cheiro dos prazeres do céu. Gatinha, murmuravam as árvores, isto não é o fim. Você tem um objectivo na vida gatinha. Você vai terminar os seus dias em muita alegria, mas ainda não é agora. Isto não é o fim. Certo dia, acordei muito fatigada, abri os olhos e levantei a cabeça um pouco, e vi Albertine chorando, ajoelhar-se junto de mim e com todo o carinho ofereceu-me um bocadinho muito fino de galinha cosida. O veterinário estava a uma mesa, a encher uma seringa. Aceitei um pedacinho de galinha, depois de algum tempo com o bocado da galinha na boca, lá o consegui engolir, mesmo por mastigar. – Isto foi um milagre! Sr. Doutor, disse Albertine. O veterinário voltou-se e ao ver-me acordada ficou boquiaberto, sim pode-se dizer que foi um milagre.

 

 


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Sábado, 1 de Novembro de 2008

A MINHA VIDA COM

 

 

EU FIFI

Em certo dia, eu estava sentada perto da ordenhadora, que falava comigo acerca do seu novo namorado. E eu ronronava para ela como que a dizer-lhe que tudo ia dar certo. De repente houve um grito de romper os tímpanos. Como se fosse o grito de um qualquer gato a quem pisassem a cauda. A Mme Diplomata entrou no estábulo, a dizer que não queria gatos por perto da ordenha, você ainda nos envenena a todos. E pegando numa jarra de cobre que estava à mão, atirou-me com ela com tanta força, apanhou-me num flanco, provocando-me uma dor que parecia que eu ia morrer. Quase me matava. Eu com o susto, saltei atabalhoadamente e sem querer fui cair dentro da vasilha do leite. Nisto apareceu a Albertine que pegou na vasilha do leite e a entornou, ficando o chão meio rosado com o sangue que se tinha já misturado no leite. Albertine, com todo o carinho pegou-me ao colo e gritou, alguém que chame o veterinário de urgência. Entretanto, eu desmaiei. Quando acordei estava no quarto de Albertine, dentro de uma caixa muito bem forrada e aquecida, tinha três costelas partidas, e tinha perdido os meus filhinhos. Por algum tempo fiquei muito doente. O veterinário vinha ver-me com frequência, a Albertine disse-me que ele tinha dito palavras muito duras à Mme. Diplomata, como: isto foi uma crueldade, o que a Mme. Fez. As pessoas não vão gostar de saber o que se passou. E não hesitarão em dizer que a Mme. É uma pessoa muito má.

 


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