Domingo, 9 de Março de 2008

RETALHOS DA MINHA VIDA

  

                                          

            HÁ MUITO TEMPO IIII  EPÍLOGO.

Claro que eu não via chegada a hora em que a minha tia me ia dizer que decisão tinha tomado, como ela não me dizia nada fui eu que perguntei: A tia já pensou o que vamos fazer e ela me respondeu meu menino se tu me voltas a falar neste assunto eu própria vou contar ao teu tio o que tu me disseste e depois eu não sei o que ele te irá fazer. Eu senti a sensação de me ter caído o firmamento sobre a cabeça fechei-me no meu casulo e não mais voltei a falar no assunto a ninguém. Aquele tratamento de choque que a minha tia me deu, não foi certamente o que ela gostaria de me dar, mas foi o que ela achou possível na hora porque ela já não sabia como lidar com um assunto que comessou numa brincadeira e que já estava a ser visto como assunto muito sério. Porque certamente aquilo que comessou por ser motivo de risada para todos acabou por ser uma terrível dor de cabeça para todos eles que já não sabiam como lidar com aquele complexo problema. Só talvez três ou quatro anos mais tarde foi possível falarmos todos do assunto quando eu já tinha uns 13 anos e aí tudo ficou esclarecido e desmistificado, porque aí já não foi difícil eu perceber a clara inconsequência de tal ideia e a evidencia da criancice que se tinha alojado na minha tão infantil cabecita.


publicado por Fisga às 14:46
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3 comentários:
De Emanuela a 16 de Março de 2008 às 16:30
Olá amigo. Li e reli a tua história...
Sempre me indignou a forma como a maioria dos adultos trata dos sentimentos das crianças ( e também dos velhos). Lembro-me, na infância, quando percebia este tipo de gracinhas para com outras crianças e isto sempre foi motivo para que eu disfarçasse sentimentos para não ser motivo de chacota também.
De minha parte, quando comecei a lidar com crianças, sempre procurei falar com elas de igual para igual, procurando descer até o mundo delas, sentir-me no seu lugar. Acho que sentimentos jamais devem ser minimizados, em idade alguma. Deve-se sempre levá-los muito à sério, porque sentir é muito diferente de entender. Quanto à paixão, ela sempre nos tira do chão, turva-nos a razão. É capaz de nos fazer cometer as maiores loucuras em seu nome. Ainda assim, infeliz daquele que nunca a experimentou.
Amigo, acho que não tens nada a te culpar nesta história que contaste. Eras uma criança, e os adultos é que deveriam saber lidar melhor com o que sentias.
Desculpe se me alonguei tanto no comentário...
Um beijinho muito carinhoso e o desejo de que o teu domingo seja pleno de alegrias.


De Fisga a 17 de Março de 2008 às 09:05
Olá amiguinha como eu já ansiava pelo teu sinal, e fiquei m. Contente por saber que tudo correu bem. Quanto à minha história, é assim: Da mesma forma que não tenho qualquer sentimento de culpa do que se passou, também não culpo, nem os meus pais e nem a minha tia. Porque eram pessoas que não tiveram acesso à cultura e tiveram uma educação muito paternalista e muito à antiga Portuguesa. Ainda agora quando me encontro com a minha tia, que é a única testemunhasse ainda está viva, nós nos fartamos de rir com a história.
Quanto ao respeito pelo comportamento das crianças, tenho dito muitas vezes, eu não sou, mas é preciso ser-se muito entendido para saber lidar e compreender as crianças, porque um edifício em construção cai muito mais facilmente do que um edifício já acabado. A memória e tudo o mais que faz parte do edifício humano na criança são muito mais vulneráveis. Um beijinho, e boa semana.


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