O REBENTO III
No dia seguinte o miúdo sai de casa convencido de que ia vender jornais. Chegou junto de um quiosque, e comprou um exemplar de cada matutino, e desandou então começou a percorrer as ruas e em cada porta que via um saco abandonado, abeirava-se do saco e verificava o seu conteúdo, se o saco tivesse pão ou leite, ele pegava e metia dentro da sua sacola, quando já tinha um aviado que ele via que já dava para ele e para os pais, dirigiu-se para casa. Então filho já vieste? Sim mãe já vendi os jornais todos Sobraram estes 3 ou 4 mas não faz mal; amanhã quando eu for comprar mais o senhor troca-os. Então e o que trazes aí no saco? As pessoas perguntavam-me porque andava eu ainda tão pequeno a vender jornais e eu dizia: Os meus pais são muito pobres e eu tenho que os ajudar. Então se é para ajudares em casa podes aceitar géneros em vez de dinheiro? Sim posso, a minha mãe não se importa. E foi assim, porquê! A mãe não gostou? Não é isso filho é que achei tão estranho pagarem-te com pão e leite logo duas coisas que as pessoas tem que comprar. Pois, mas algumas até me disseram que se eu receber sempre em géneros que posso lá levar o jornal todos os dias. Quando o pai chegou à noite e tomou conhecimento do acontecido, ficou muito desconfiado e disse ao filho: Olha que tu vê bem o que andas a fazer, olha que eu sou muito pobre mas muito honrado. Não tenha medo pai que eu sei o que ando a fazer.
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