O REBENTO V
Passados alguns dias o Whit disse ao pai: O pai acha que se eu arranjar uma cadeira que o pai já pode ficar sozinho em casa para eu ir trabalhar? Isso era ouro sobre azul! E a cadeira onde é que ela está? Não se preocupe que eu trato disso. Mas tratas disso como filho? Como? Vou ao Hospital central pedi-la. Ó filho, o Hospital não te vai dar cadeira nenhuma. Logo se vê, se não a derem talvez eu a consiga roubar. Ó filho não penses nisso, olha que Deus castiga-te. Mais ainda do que ele já nos castigou aos três? Ó filho não foi castigo porque Deus não castiga. Pois não mas abandona as pessoas quando elas mais precisam da protecção dele o que é bem pior. Olhe pai eu aprendi na rua que se estivermos à espera do que Deus nos dá, bem depressa morremos com a fome ou com o frio ou com as duas coisas. Olha que eu ainda te consigo dar um bom par de estalos porque não foi essa a educação que eu te dei. Pai deixe-se de sonhar que o pai sabe bem que não pode e nem é capaz de nada disso. No dia seguinte disse ao pai: Eu vou sair, vou ver da sua cadeira. Dirigiu-se à santa casa da misericórdia e disse: o meu pai está tetraplégico e a minha mãe morreu eu sou o único garante daquela casa mas para isso eu preciso de uma cadeira para o meu pai e depois preciso de um emprego, será que aqui me podem ajudar? A irmãzinha que o atendeu disse-lhe anda cá que eu vou levar-te à senhora assistente. Depois de contar a História, a assistente disse ao rapazinho, tu és de facto muito expedito só que estás em presença de uma pessoa que conhece muito garotos como tu, diz-me onde é que tu moras que eu um dia destes vou lá ver o teu pai.
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