O MAIOR AMIGO
Era o meu maior amigo, isto sem qualquer desprimor pelos meus amigos virtuais: este não era virtual era muito real. Era o meu sipo ele chorava lágrimas de alegria quando eu chegava a casa. Eu para o deixar feliz tinha que dispor de uns bons 10 minutos para o atender. Sempre que eu falava com ele, ele fixava-me nos meus olhos e com uma atenção especial, fazia por perceber tudo o que eu lhe dizia. Se eu lhe dissesse: Olha sipo, o dono vai sair, mas já volta, ele dirigia-se logo para a porta à espera para me fazer uma última festinha. Era um breton-epanhol. Do que eu conheço de cães, talvez o retriber lavrador seja semelhante em termos de doçura. E até de obediência, o epanhol é um pouco rebelde. A certa altura começou a andar doente, fui com ele ao médico e o médico que o conhecia desde bebé, achou por bem que ele fizesse exames. Fez tórax, sangue, urina, fezes e electrocardiograma. O azar dos azares é que o electrocardiograma foi o último a ser feito. O meu amigo era hipertenso, não lhe foi diagnosticado mais nada. Teve que passar a tomar um comprimido por dia para a tenção. O médico avisou-me logo que aqueles comprimidos que atacavam o fígado, mas por enquanto tinha que os tomar. Ele melhorou muito ao ponto de eu chegar a pensar que as minhas dores de cabeça que tinham acabado. Eis senão quando o pobre animal começou a andar começou a andar de novo doente volto com ele ao médico, mais uma eco grafia ao fígado e analises ao sangue. Diagnostico: um tumor no fígado. Solução, não pode ser operado porque o coração não aguenta. Nesta foto ele ainda tinha qualidade de vida.
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