
EU FIFI
Na tarde desse mesmo dia, fui apanhada e jogada com brutalidade dentro de um caixote. Quase sem que eu me desse conta da companhia que me esperava, um gato velho, feio, indecente e sem pedigee, saltou sobre as minhas costas. Minha mãe não tinha tido tempo de me informar sobre as coisas da vida, por isso eu não estava preparada para o que me aconteceu. O gato velho e surrado saltou sobre mim, e eu senti um golpe chocante. Por momentos achei que alguém me desferiu um pontapé. Houve um clarão cegante de dor, e senti que algo se rasgava. Gemi de agonia e terror, e lutei ferozmente com o velho gato; o sangue irrompia de uma de suas orelhas e seus gritos vieram juntar-se aos meus. Como um relâmpago, a tampa do caixote foi retirada e olhos sobressaltados nos fitaram. Saltei e, ao fugir, vi o gato velho, eriçado e furioso, pular directamente sobre Pierre, que caiu logo de costas, aos pés de Mme. Diplomata. Correndo por um gramado, busquei o abrigo de uma macieira amiga. Subindo pelo tronco acolhedor, cheguei a um galho já conhecido e muito amado, onde me estendi, arquejante. As folhas farfalhavam com a brisa e acariciavam-me com gentileza. Os ramos oscilavam, rangiam e, devagar, levaram-me até ao sono provocado pelo esgotamento.
De
Maria a 22 de Outubro de 2008 às 23:06
Olá Fisga
Violencia masculina sobre a juventude inexperiente
De
Fisga a 23 de Outubro de 2008 às 16:03
Olá Maria. Obrigado pelas suas palavras. A vida é muito ingrata, até mesmo para os felinos. Um abraço. Eduardo.
Pobre Fifi! Isto está a ficar violento... eu, aqui e agora, tenho a meu lado um gato amarelo, muito jovem e brincalhão (mas com mau feitio...) que está a destruir os meus peluches de estimação... bem, eu sempre assumi a criancinha em mim... tenho, ou melhor, tinha belos peluches de estimação...
Abraço!
De
Fisga a 23 de Outubro de 2008 às 16:32
Olá amiga João. A Fifi, ainda está guardada para grandes alegrias. Quanto aos peluxes: Bem é muito bonito quando se é criança, já depois de assumidas as responsabilidades familiares, perante o acontecido, tens duas opções: Ou compras mais peluxes, que o gato agradece, ou cresces deixas de ser criança. Lembrei-me agora de uma terceira, e talvez a mais sensata. Continuas criança, mas sem peluxes. Um abraço Eduardo.
Pois. Parece que essa terceira opção é aquela que o destino me reservou quando pôs o Spirit no meu caminho...
Abraço.
De
Fisga a 26 de Outubro de 2008 às 12:10
Olá amiga João. Eu acho muito bem, afinal tu também já és crescidinha, já passas bem sem os peluches. Ou melhor terás que passar. Um abraço. Eduardo.
É com mta honra que convido vossa excelencia a participar nos "nomes dela" em:
free-stile.blogs.sapo.pt
Desde já um ENORME OBRIGADO
*FreeStyle*
De
Fisga a 23 de Outubro de 2008 às 16:20
Olá amigo freeS. Vi o convite, que desde já agradeço, ainda não vi o desafio, mas presumo que se trata de uma coisa boa. Logo que possa lá estarei a ver de que se trata e a responder, com todos os meus conhecimentos. Um abraço. Eduardo.
Bom dia Eduardo..
Parabens por este conto que mostra uma ternura imensa para com os animais, neste caso gatos.
Estou a seguir a historia e agostar mto meu amigo.
Continua.
Abraço
De
Fisga a 23 de Outubro de 2008 às 16:13
Olá amigo freeS. Obrigado pela força e coragem, é sempre um prazer ler os teus comentários. Um abraço amigo. Eduardo.
Comentar post