EU FIFI
Pelo resto do dia e toda a noite, permaneci naquele galho; com fome, febre, doente e receosa, indagava de mim mesmo o motivo pelo qual os seres humanos eram tão selvagens, tão destituídos de sentimentos quanto aos animais que dependiam inteiramente deles. A noite estava fria e um chuvisco que me encharcou, tremendo de frio mesmo assim o pavor que se apoderou de mim, impedia que eu tentasse encontrar um lugar melhor. A manhã fria, foi dando lugar a um dia que embora cinzento e encoberto, foi ficando mais ameno. De vez enquando lá caia uma pancada de chuva. Mais tarde, naquela manhã, uma figura já minha conhecida, dirigia-se para a minha velha casa abrigo. Era a Albertine, Com os seus passos pesados e emitindo uns ruídos amistosos com a boca, dirigia-se para a arvore; Eu com um mio débil, respondi ao seu chamado; venha cá minha fifi, que eu tenho comida fresquinha para matar essa fome. Fui deslizando sobre o tronco da árvore até ao chão, e comecei a comer, e a Albertine enquanto eu comia, ia-me afagando no lombo com carinho. Terminada a refeição esfreguei-me nela com gratidão, sabendo que ela não falava a minha língua e eu não falava Francês, compreendia monos muito bem, eu saltei para o ombro dela e ela levou-me para casa, e foi pôr-me no seu quarto. Olhei ao redor, tomada de espanto e interesse, com toda a atenção. Era um lugar que eu não conhecia, mas vi com agrado, como os seus pertences, se prestavam para eu afiar as minhas unhas. Enquanto isto a Albertine foi para junto da janela e olhando a rua disse, soltando um ai de tristeza, é uma pena que no meio de tanta beleza exista tanta crueldade.
A subscrição é anónima e gera, no máximo, um e-mail por dia.
. UMA FOTOGRAFIA DE ALICE B...
. QUE SEJA, ENTÃO, PARA SEM...
. OBRIGADA, TAMBÉM POR ISTO...
. Letras de canções -Lança ...