EU FIFI
Domingo, manhã cedo. Ao acordar e lembrar-me de que é Domingo, fiquei logo a tremer, depois pensei bem em tudo e sosseguei. Afinal para quê estar a sofrer por antecipação? O que tiver que ser será. Eram 10 horas quando a Alda me chamou! Fifgi! Eu respondi com um mio de tristeza. Ela ao ver-me disse: Fifisinha venha cá que está lá em casa uma pessoa que a quer ver. O meu coração pulou de alegria ao lembrar-me que devia ser a Albertine. Passamos pelo quarto da Alda e ela deu-me uma última penteadela, e fomos em direcção à sala de visitas. Mas não sem me recomendar; a fifi agora tem que ter muito cuidado para estar bonita logo quando o seu noivo vier. Aí fiquei logo com a certeza de que só podia ser a Albertine. Ao entrar-mos na sala a Albertine viu-me e chorou de alegria e de emoção. Mas que linda que está a minha fifizinha. Abraçou-me deu-me beijos como quem beija uma criança, eu nunca me tinha sentido tão querida. Ó minha fifizinha que bom vai ter um noivo. E eu dei um mio de tristeza e ao mesmo tempo de melancolia que a Albertine entendeu muito bem. A Albertine fixou a Alda nos olhos, e disse: A fifi, não vai querer o noivo. Eu entendo-a lindamente, nós tinha-mos uma grande cumplicidade as duas. E Alda disse: Eu já desconfiava porque ela ficava triste e nervosa quando se falava do jofre. Sabe ela tem um trauma de um relacionamento amoroso mal sucedido. Pois quando se não tem sorte é muito mao. Foi uma coisa imposta e ela era muito novinha e focou traumatizada.