Quinta-feira, 12 de Fevereiro de 2009

A CORRUSÃO PELO TEMPO

 

 

QUEM DIRIA
Quem diria que ao fim de pouco
Menos de 35 anos tudo isto
Era de novo verdade.
Era uma vez um país
onde entre o mar e a guerra
vivia o mais feliz
dos povos à beira-terra

Onde entre vinhas sobredos
vales socalcos searas
serras atalhos veredas
lezírias e praias claras
um povo se debruçava
como um vime de tristeza
sobre um rio onde mirava
a sua própria pobreza

Era uma vez um país
onde o pão era contado
onde quem tinha a raiz
tinha o fruto arrecadado
onde quem tinha o dinheiro
tinha o operário algemado
onde suava o ceifeiro
que dormia com o gado
onde tossia o mineiro
em Aljustrel ajustado
onde morria primeiro
quem nascia desgraçado
Era uma vez um país
de tal maneira explorado
pelos consórcios fabris
pelo mando acumulado
pelas ideias nazis
pelo dinheiro estragado
pelo dobrar da cerviz
pelo trabalho amarrado
que até hoje já se diz
que nos tempos dos passado
se chamava esse país
Portugal suicidado.

EXTRAÍDO DA NET..

 


publicado por Fisga às 09:00
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11 comentários:
De Fisga a 13 de Fevereiro de 2009 às 17:46
Olá amiga Maria João. É de facto uma pena, mas encontrei-o solto sozinho e sem nome nem dono. Mas também partilho a tua opinião é muito bonito. Sabes o que eu penso? Que este poema tenha sido escrito antes do 25 de Abril, e que o autor por segurança tenha omitido o nome. Um abraço Eduardo.


De Maria João Brito de Sousa a 13 de Fevereiro de 2009 às 21:38
Estamos, como sempre, de acordo. Esse poema reflecte bem o antes do 25 de Abril. Está historicamente datado... e está a tornar-se actual.
Abraço.


De Fisga a 14 de Fevereiro de 2009 às 18:43
Olá amiga João. É tal qual como dizes. para nossa infelicidade amiga. mas o que poderemos nós fazer? vamos esperando, como é apanágio do povo Latino. Um grande abraço Eduardo.


De Maria João Brito de Sousa a 14 de Fevereiro de 2009 às 21:32
Nem sempre, amigo. Nem sempre. :)


De Fisga a 15 de Fevereiro de 2009 às 10:39
Tens razão amiga, nem sempre. Mas nas piores alturas, quando é mais preciso ser-se bravo, é quando elas acontecem. Um abraço Eduardo.


De Maria João Brito de Sousa a 15 de Fevereiro de 2009 às 12:56
Enquanto nos conseguimos mostrar coerentes com os ideais em que acreditamos, eu acredito que viver vale a pena.
Abraço grande.


De Fisga a 16 de Fevereiro de 2009 às 11:15
Olá amiga João. Sim amiga, estás certa a 100%, disso não duvides. Olha amiga, desejo que passes um dia bonzinho dentro do possível. Um abraço Eduardo.


De Maria João Brito de Sousa a 16 de Fevereiro de 2009 às 11:34
Abraço também para ti.


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