http://www.youtube.com/watch?v=T0JuEY_MHGI
«Trova do Vento que Passa»
Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.
Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.
Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.
Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.
Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.
Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.
E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.
Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.
Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).
Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.
E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.
Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.
E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.
Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.
Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.
MANUEL aLEGRE.
TIRADO DA NET.
De
Fisga a 15 de Fevereiro de 2009 às 18:59
Olá amiga Maria Luisa. Obrigado pela informação. Eu apenas tinha identificado a Dulce Pontes. Agora já fico a saber os nomes de todo o elenco. Um beijinho. Eduardo.
eduardo
Pronto estás elucidado; hoje, ainda, vou mandar email
Não estou muito melhor! Tenho de continuar em casa e telefonar ao médico; saber opinião dele.
Bºs, M. Luísa
De
Fisga a 16 de Fevereiro de 2009 às 11:31
Olá amiga Luísa. Como entre o que prometeste e o que não fizeste, há uma diferença, presumo que algo está mais mal contigo. o que me deixa bastante triste. Espero que me engane e que não seja nada de grave. Desejo-te boas melhoras. Um beijinho Eduardo.
eduardo
Se ainda não fiz o prometido, foi por me encontrar doente! Depois de falar com o médico, te digo...
Há duas semanas que não posso saír, nem ao me terraço que é enorme (nem imaginas).
Aguarda e não te aflijas, mas está dificil de debelar!
beijos,
Mª. Luísa
De
Fisga a 16 de Fevereiro de 2009 às 16:19
Olá amiga. Eu não estou com pressa de nada, simplesmente estou preocupado contigo por saber que estás doente, espero que não seja grave, que seja só teimosia, de não querer ir embora. Um beijo e melhoras rápidas. Eduardo.
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