BALADA DA NEVE
Batem leve, levemente,
como quem chama por mim.
Será chuva? Será gente?
Gente não é, certamente
e a chuva não bate assim.É talvez a ventania:
mas há pouco, há poucochinho,
nem uma agulha bulia
na quieta melancolia
dos pinheiros do caminho..
Quem bate, assim, levemente,
com tão estranha leveza,
que mal se ouve, mal se sente?
Não é chuva, nem é gente,
nem é vento com certeza.
Fui ver. A neve caía
do azul cinzento do céu,
branca e leve, branca e fria...
. Há quanto tempo a não via!
E que saudades, Deus meu!
Olho-a através da vidraça.
Pôs tudo da cor do linho.
Passa gente e, quando passa,
os passos imprime e traça
na brancura do caminho..
Fico olhando esses sinais
da pobre gente que avança,
e noto, por entre os mais,
os traços miniaturais
duns pezitos de criança...
E descalcinhos, doridos...
a neve deixa inda vê-los,
primeiro, bem definidos,
depois, em sulcos compridos,
porque não podia erguê-los!
Que quem já é pecador
sofra tormentos, enfim!
Mas as crianças, Senhor,
porque lhes dais tanta dor?!...
Porque padecem assim?!...
E uma infinita tristeza,
uma funda turbação
entra em mim, fica em mim presa.
Cai neve na Natureza. e cai no meu coração.
Augusto Gil
tirado da net:
Amigo Eduardo,
Agradeço muito o PRÉMIO DA AMIZADE, o que prova realmente a amizade existente entre nós, o que muito me honra.
Já publiquei este prémio no meu blog conforme poderás verificar.
Um grande abraço do amigo,
Carlos Alberto Borges
De
Emanuela a 28 de Fevereiro de 2009 às 03:00
Oi amigo.
Lindíssimo este poema que partilhaste conosco. Adorei! O poeta era bem feio he,he, mas as coisas que ele escreveu são lindas.
Beijinhos e bom fim de semana.
De
Fisga a 3 de Março de 2009 às 10:25
Olá amiga Emanuela. Obrigado por vires a este teu cantinho. Estou de pleno acordo contigo. O poema é muito lindo. E eu acho que para se criar um poema como este pode-se ser feio por fora, mas é-se seguramente muito bonito por dentro. Um beijo Eduardo.
De
Fisga a 3 de Março de 2009 às 10:27
Olá amiga Maria João. Antes do mais obrigado por vires, já que tu também como eu andas sempre atrasada. Mas também é certo que quando há força de vontade pode ser tarde mas é. Quanto ao desafio, fica descansada, que logo que eu possa eu vou busca-lo e fica já assente que o aceito, se vou desempenhar bem ou mal o meu papel, logo se verá. Um grande abraço Eduardo.
Ainda estou online, Eduardo. Obrigada por aceitares o desafio. A Editora ficará com acesso ao poetaporkedeusker. Se houver forma de publicar mais alguma coisa, eu vou conseguir.
Abraço grande.
De
Fisga a 3 de Março de 2009 às 16:30
Olá amiga João. Que bom, que afinal estás rodeado de amigos, fico muito feliz por ti, porque tu mereces ser estimada, respeitada e acarinhada, porque tu és uma alma muito boa. Um grande abraço deste teu amigo que te deseja todo o bem do mundo. Eduardo.
Não exageres, amigo. Penso que sou mais "boa" do que "má", mas tenho os meus defeitos e, de vez em quando, fico mesmo mázinha. O que vale é que é só mesmo de vez em quando. Ainda estou online, mas te garanto que nem sei como.
Abraço grande.
De
Fisga a 5 de Março de 2009 às 10:33
Olá amiga. João. Obrigado por vires. Sabes porque é que nós nos damos bem? É porque eu só te visito quando tu estás no dia de seres boazinha. Por boas i más! o que foi feito das tuas amigas com quem ias beber a bica? Que nunca mais me falaste delas? No dia que nos encontrar-mos para me entregares os livros, leva-as contigo para beber-mos uma bica juntos. Um abraço Eduardo.
Coitadas das minhas amigas, Eduardo. A D. Isa andou a pssear-me, como se passeia um bébé, no dia em que morreu a Lupa. Eu estava tão apática que parecia que me tinham dado uma anestesia geral e ontem, quando foi da ET, a D. Isa estava no hospital, numa consulta, e A D. Fernanda ia a casa da prima. Mas telefonaram-me várias vezes. A Nati também me telefonou hoje de manhã.
Mas elas nem sempre estãodisponíveis, agora. Quando quiseres os livros diz. Se não estiver online, tenho o telemóvel.
Abraço grande.
De
Fisga a 5 de Março de 2009 às 13:00
Olá amiga João. Eu tenho pena que tudo isto esteja a acontecer. mas como sabes são coisas que não estão na nossa mão. Obrigada pelo recado sobre os livros, eu depois digo-te quando é que posso ir-me encontrar contigo. Um abraço Eduardo.
Obrigada, amigo. Penso estar disponível amanhã.
Boa Noite! Sabe esta balada neve fez-me recuar no tempo, e dei por mim na minha escola na aldeia a ler para a professora, esta balada que todos nós gostávamos tanto.
É uma literatura que não passa de moda, passem os anos que passarem.
Sabe que eu já tenho o livro da nossa amiga Maria João! Está uma maravilha, é muito bonito.
Até amanhã
De
Fisga a 3 de Março de 2009 às 10:29
Bom dia também para si Idalina. Obrigado por ter vindo, mais uma vez. Esta poesia é de facto uma maravilha poética, e que está sempre actual, e tem uma grande mensagem para todos nós. Quanto ao livro, eu ainda não o tenho estou dependente da disponibilidade da Maria João, porque ela vai recebe-o e depois eu vou-me encontrar com ela onde ela destinar para o receber. Obrigado mais uma vez. Até amanhã Eduardo.
Amigo Eduardo! O prémio já lá esta no (maripossa) fica sempre lá,quanto ao poema não conhecia o autor do mesmo mas muito bonito,e gostei de saber. Ontem não pode vir por aqui,tive que sair e vim tarde.
Beijinho de amizade e estima Lisa
De
Fisga a 1 de Março de 2009 às 20:56
Olá amiga lisa. Obrigado por ter vindo. Eu não tenho computador o meu sofreu uma avaria por motivo de um pico de corrente, estou aqui em casa de um amigo que está a ver se me resolve o problema e eu estou a aproveitar o p. c. dele para ver os comentários que tenho para responder, são muitos. Mas não vou estar aqui a escrever no p. c. dele só comentei este. Li que já está publicado o prémio, mas não fui ver, amanhã já devo poder ir ver. Espero eu. Um beijinho e tudo de bom Eduardo.
Eduardo
Poema bem escolhido "Balada da Neve" de Augusto Gil.
Parabéns pela escolha!
Beijos,
Maria Luísa
De
Fisga a 3 de Março de 2009 às 11:57
Olá amiga Maria Luísa. Obrigada por vires a este teu cantinho, por mim tão mal tratado, mas é o que eu posso fazer. Quanto à balada da neve, é de facto muito bonita. O augusto Gil, Onde quer que esteja Está de parabéns. Como sabes não é a mim que pertencem os louros, mas sim ao Gil. Eu apenas a publiquei, por supor que algumas das pessoas que me lêem não a conhecessem. E também porque me dá prazer divulgar os monstros da nossa poesia. Mas não deixo por isso de te agradecer o elogio. Obrigado. Um beijinho deste teu amigo que muito admira a tua capacidade de escrita. Eduardo.
„A neve e o sol“
A neve disse
Que sorria e derretia
Com as palavras
Que nunca niguém lhe tinha dito
O sol disse
Sou um soldado apaixonado
E desde aquela guerra
Não se deixaram nunca mais
Um ano depois jà tinham casado
E tantos filhos que vestiram
Com aquele amor
Foram avós
E foram abandonados
Por quem não acredita
Que não se envelhece nunca
A neve e o sol
Distanciam-se de mão dada
Numa viajem que não se volta mais
Quiçà para onde vão
E onde recomeçarão amanhã
Uma vida nova
Que não os separará nunca.
Permiti-me de colar algo que tinha escrito há já bastante tempo, algo a ver com a neve.
O teu post está simplesmente SUBLIME, adorei.
Abraço
De
Fisga a 3 de Março de 2009 às 11:47
Olá amigo Fre. Obrigado por vires a este teu cantinho. Como sabes, é uma coisa tirada da nét. Mas para mim tem o mesmo valor, como fosse da minha autoria, porque eu sei que em matéria de poesia sou um zero à direita de muitas virgulas, mas por outro lado sou um poético-dependente, e passo muitas horas na net a ler poesia e de quando em vez, aparecem-me estes que eu não posso deixar de partilhar com as pessoas com quem me dou. O meu muito obrigado pelo elogio, mas os louros pertencem por inteiro ao autor. Um Abraço Eduardo.
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