EU FIFI
A boa e santa Albertine, aconchegou-me no seu regaço, enquanto me dizia: minha pobre e bela fifizinha, Mme. Diplomata é mesmo uma mulher muito cruel e insensível, e arrivista social.
Para ela você é apenas um brinquedo, para ser exibido aos amigos da família. Para mim você é como uma criatura de Deus. Eu sei que você não está a compreender isto que eu lhe estou a dizer. Eu para lhe mostrar que estava a compreender, ronronei e lambi-lhe as mãos com carinho. Ela voltou a afagar-me e a dizer - OH! Tanto amor e afecto que você me dá. Você vai seguramente ser uma boa mamã. Enrodilhei-me mais confortavelmente no seu regaço, e espreitei pela janela. O panorama era tão belo que foi preciso por o focinho mesmo junto da vidraça, para poder ter uma visão mais perfeita. Albertine sorria para mim, afectuosamente, enquanto brincava com a minha cauda, mas o panorama atraía toda a minha atenção. E Albertine encostou a cara dela à minha cara e ficamos as duas a contemplar o panorama. Lá em baixo o gramado muito bem criado, fazia lembrar um tapete verde e liso, orlado com uma imponente aléia de choupos. Em curva suave para a esquerda, o cinzento liso do caminho, estendia-se até à estrada distante, da qual vinha um zumbido abafado do tráfego, que ia para a grande metrópole e que regressava de lá. Minha velha amiga, a macieira, apresentava-se sozinha e erecta, ao lado de um pequeno lago artificial, cuja superfície reflectia o opaco cinzento do céu.
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