
EU FIFI
Passados alguns minutos, a Mme. Diplomata regressa com um cesto de verga na mão tapado com um pano branco de seda pura, e cosido á volta do cesto. E virando-se para a Mme. Cacharel disse: Isto é uma oferta minha, para a Mme. Que me merece todo o respeito e atenção. A Mme. Cachrel, agradeceu e disse: mas não era preciso nada, a minha vinda cá foi só para lhe dar um beijo e pormos a conversa em dia. A Mme. Diplomata segredou-lhe ao ouvido. É a fifi, é uma atenção minha, mas não comente com ninguém, e trate muito bem dela que ela é uma querida. E eu dentro do cesto muito caladinha e quietinha, para não dar bandeira, que eu apesar de de saber que ia chorar muitas lágrimas pelas minhas amigas lá da casa, parece que ainda não estava a acreditar que me ia ver livre daquela peste da Mme. Diplomata. As tive uma pena enorme de não me poder despedir da Albertine, que só eu sei. Ao chegar a casa a Mme. Cacharel, poisou o cesto com muito cuidado no chão e disse para a Leila. Tome conta deste cestinho e não deixe que alguém se aproxime dele, porque tem aqui uma prenda que vale ouro. Eu vou à rua comprar uma caminha e um W.c. para o bichinho. !E que bichinho é? É uma gatinha chamada fifi, é a coisa mais linda que eu já vi. !Ai que bom eu gosto tanto de gatos. Pois mas esta é uma gata.