Domingo, 13 de Abril de 2008

A REAPARIÇÃO

Tive tempo para fazer uma retrospectiva de muitas coisas da minha vida. Após um curto e rápido balanço, concluí que, tendo perdido o meu pai há trinta e tantos anos e a minha mãe há quase vinte, e apesar de eles terem tido um papel pouco significativo na minha adolescência, por motivo de uma guerra que embora tenha chegado a todos, chegou com muito mais intensidade aos mais desprotegidos, e talvez pelos maus tratos a que fui muitas vezes submetido, os meus pais foram sempre a minha referência principal. Mercê de tudo isso olhei atentamente para traz e o que vi eu? Vi que não sou mais nem menos do que o irmão mais velho de uma irmandade de cinco, apesar de de a morte não escolher idades, assim se diz também se diz que quem escapa de novo, de velho não tem saída possível. Porque tive sempre o defeito ou virtude de considerar que o que tem que ser feito é inadiável, apenas pode e deve ser objecto de prioridades, daí ter chegado agora a altura de fazer o balanço da minha vida. O que fiz o que gostava de ter feito, o que ainda posso fazer e o que não vale mais a pena sonhar, os bons e os maus bocados que passei e porquê, o que me deixa prazer ter feito e o que me deixa saudades ter ou não feito. Balanço final: Vou sentir muita pena de um punhado de amigos, uns virtuais outros virtuais e reais e outros só reais. Mas Também sei que o que me está a preocupar, é exactamente o que sempre preocupou as outras pessoas e é o que vai preocupar os que ainda não pensam nestas coisas. Resta-me por isso procurar forças para ultrapassar da melhor forma, mais este obstáculo. A nossa vida é um túnel no qual entramos à hora de nascer, e no qual vamos aprender a andar, mas esse túnel não tem saída e na medida em que vamos chegando ao fundo, porque não temos saída nem volta a traz só temos que nos submeter ao imperativo do destino. Vou ver se me preparo para abrir os meus braços à morte como se ela fosse a minha melhor amante, procurando esquecer tudo o resto que fica para traz ou para alem do amor. Que vamos fazer, eu e ela.

 


publicado por Fisga às 20:59
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