Domingo, 6 de Julho de 2008
O REBENTO XLV
Toda a imprensa, falada e escrita, se interrogava em uníssono, Quando é que um castigo deixa de ser humano para se tornar desumano? É cruel bater num homem com um pau. Não será cruel submete-lo durante tantos anos à tortura mental do mata-se hoje, mata-se amanhã? Através da embaixada da América em Montevideu, o consulado Americano Chamou a atenção do presidente Esenhower, quando da sua visita em 2 de Março a este país, para a grave inquietação que se vivia, com as manifestações de estudantes, nas ruas a exigir ao seu povo que se levantasse em massa contra a politica do governo Americano, para com o Mártir karil Chusmas. As desilusões sobre a conduta da América, eram de tal modo, que já tinham transformado Um Eis bandido, em um mártir. Isto porque tudo tem regras e limites, mas na América parece que não é assim. No dia em que o presidente Eisenhower, regressou da sua tão polémica e acalorada viagem, a vários países, na tentativa gorada, de convencer o mundo de que a América estava certa, nos critérios que estava a adoptar na politica criminal, nesse mesmo dia, foi marcada uma nova data para a execução de chessman. 2 De Maio 1960. Data esta que viria a ser a definitiva.
Sexta-feira, 4 de Julho de 2008
O REBENTO XLIV
Houve países que pediram ao governo Americano que o estraditas se, que eles o a dotavam como cidadão nacional, nomeadamente o Brasil. As expressões, castigo cruel, tratamento desumano e muitas outras, eram frequentes ouvirem-se na rádio, nos jornais podia ler-se, Que Homens são aqueles que estão a conduzir os destinos da América. Os advogados de chessman, fizeram comunicados para todos os jornais, onde diziam: O artigo 8º da declaração dos direitos do homem, na constituição Americana diz: Não se pedirão fianças excessivas, e não se imporão multas pesadas e nem e nem se infligirão castigos cruéis aos condenados à morte. Esta questão foi comentada, discutida e condenada por quase todo o mundo Civilizado. Alegando que, só o facto de chessman ter sido retido no corredor da morte durante quase 12 anos, depois de ter saído da cela pela primeira vez para ser executado. Era muito mais do que um castigo cruel, era um castigo para o qual ainda não havia qualificação vigente. Nesta altura já chessman tinha sido preparado 8 vezes para a sua última viagem, e outras tantas adiada a data, isto era uma conduta sem precedentes. E era também uma tortura sem nome. Em Dezembro de 1959 o jornal do Vaticano L”Osservatore, Romano, dizia: A propósito do governador Brown, se recusar a conceder clemência, que chessman já tinha espiado a sua pena com aqueles anos todos no corredor da morte e que não havia castigo mais severo do que este. As cartas chegavam todos os dias ao gabinete do governador Brown à medida que se aproximava a nova data para a execução de chessman, !9 de Fevereiro de 1960. As notícias sobre este assunto partilhavam os jornais com os problemas dos Franceses na Argélia nesta data, com a viagem de Khruschev á Ásia e com a planeada viagem do presidente Eisenhower à América Latina. Mas o que vendia os jornais era a situação de chessman, antes de comprarem o jornal olhavam a capa, se falasse de chessman, todos compravam se não falasse a grande maioria não comprava.
Segunda-feira, 30 de Junho de 2008
O REBENTO XLII
Mais grave do que tudo isso, foi nunca ter tido a humildade de reconhecer o erro, e conceder-me um novo julgamento onde se provasse, que embora houvesse provas para uma determinada condenação, havia provas para que eu fosse condenado à pena capital. A justiça nem só não reconheceu o erro, como tentou sempre fazer crer ao mundo inteiro que não havia equívocos na aplicação da pena, esquecendo-se que o mundo jornalístico, tem muitas pessoas formadas em direito penal e tem outras tantas que conhecem as leis americanas assim como as lei de muitos outros países, e esses jornalistas foram sempre esperando pelas provas que justificasse a condenação à pena capital, provas essas que nunca apareciam, e aí a imprensa de todo o mundo começou a fazer pressão sobre o governo Americano, para que publicasse essas provas, elas nunca puderam ser publicadas porque não existiam. Essa situação estava a ficar demasiado embaraçosa para o governo, e para a justiça. E esta situação, a cada dia que passava crescia em número e em qualidade. Porque começou por manifestações de rua feitas pela classe mais sensível, que é a classe baixa, depois os erros atrás de erros, tocaram também a classe média, e acabou por chegar à classe alta. A certa altura, aquele que tinha começado por ser visto como apenas mais um condenado à morte, passou a suscitar a compaixão de todo o mundo que acompanhava estas coisas.
Sábado, 28 de Junho de 2008
O REBENTO XLI
Eu se me quiser dispor a pensar, até chego à conclusão porquê 12 condenações à morte. É porque na história judicial de Los angeles, sempre ficam a constar mais 11 condenações do que o nº de execuções que realmente se fizeram. Entretanto chegamos ao dia 31 de Maio segunda-feira, quando já tudo se perfilava junto da minha cela, para me conduzir à salinha verde, onde estava a catapulta que me iria mandar para o outro lado da muralha, através das gotinhas de cianeto que iriam cair num alguidar com água de rosas, que devia ser posto sob a minha cadeira, eis senão quando chega um ordenança que manda destroçar. Os guardas bateram a pala, fizeram meia volta rodar, e marcharam foram-se embora. Imediatamente a minha experiência me disse que a execução tinha sido adiada. Mais uma vez os mesmos altifalantes que dias antes tinham anunciado a minha execução para 31 de Maio pelas 12 horas, voltaram a anunciar que a data da minha execução, tinha sido adiada sine-dia. Por cada adiamento, era mais uma bomba que rebentava nas mãos dos decisores da minha vida, porque todo o mundo se voltava a levantar para protestar contra o Governo da América. E tudo isto porquê? Porque de todos os crimes que eu confessei ter sido o autor: Uns confessados sob torturas diabólicas, e outros confessados de minha livre e espontânea vontade, o tribunal tinha que prova-los com matéria de facto, e só assim me poderia condenar à morte, se os crimes em causa fossem suficientemente graves que me podiam condenar à morte e essas provas nunca a justiça as conseguiu reunir. Logo errou em me condenar à pena capital.
Quinta-feira, 26 de Junho de 2008
O REBENTO XL
E pensou, se esta fosse a primeira vez que eu passo por isto amanhã seria dia de festa, seria satisfeito o meu ultimo desejo. Esta, era a terceira vez que me davam a possibilidade de eu escolher o meu ultima desejo, e destas três vezes só uma vez é que não cheguei a entrar na célebre salinha verde. Mas já tudo é tão rotineiro que já perdeu o interesse. De qualquer modo vou poder comer um bom almoço, pedir a presença de jornalistas, para mais uma vez fazer a minha defesa e acusar o governo Americano de se fazer conhecer por um Governo implacável, sem olhar a meios para conseguir os fins. Depois de tudo isto vou rezar pela última vez. Vou falar com o meu pai vou dizer-lhe que estou a escassos minutos de me juntar a ele, vou também dizer-lhe que não tema a minha presença, porque eu não o acuso de nada, ele foi tal como eu uma vitima do sistema, nós vivera-mos numa rede para a qual fomos atirados e nunca nos conseguíramos libertar dela, Eu e o meu pai, e muitos outros como nós, servíramos para que o Presidente Eisenhower. Corresse o mundo gritando que o caso Whit tinha que ser um exemplo para todo o mundo de que a América não pactua com bandidos. Mas esconder ao mesmo tempo que a única forma de o conseguir fazer era rodeando-se de alta segurança, para não ser linchado pelo povo. Porque o povo podia não estar a meu favor, mas estava contra a forma como a justiça me usou para promover a América. Protelando vezes sem conta a minha execução, para dizer que estavam atentos aos pedidos de clemência, e de indulto que chegavam, sempre que se falava em novas datas, mas o mais ridículo de tudo isto, era eu ter acumulado 12 condenações à morte, quando eu só posso morrer uma vez.
Terça-feira, 24 de Junho de 2008
O REBENTO XXXIX
No Domingo 30 / 05 / 1954 o destino de Karil Chessmann estava a menos de 24 horas do fim. Chessmann pegou nas suas coisas com as quais se entretinha e nos seus objectos pessoais, e mais uma vez, à semelhança de outras vezes, os começou a arrumar todos dentro de caixas próprias para o efeito, onde ficariam até que o tribunal após a sua morte desse ordem para serem entregues a quem de direito. Depois de tudo devidamente arrumado, ajoelhou-se mais uma vez no chão da cela fria e húmida, junto da cama e rezou, num recolhimento aterrador, quando terminou a sua oração, tinha na frente dos joelhos, uma poça de agua vertida dos olhos, que tinha caído sobre a chapa de aço. Levantou-se, dirigiu-se para o lavatório, lavou a cara e disse em meia vós, Pronto Whit, estás pronto para a tua viagem, a missão para a qual foste predestinado, chegou ao fim, não cumpriste a tua jura, o meu pai sofreu a fome e o abandono, mas foi deus que assim o quis. Também não gostava dele tal como nunca gostou de mim. Mas não tem importância, eu não o censuro por isso, não fui o único descriminado neste mundo. Amanhã é o fim por isso não vale a pena agora os ressentimentos. O Whit voltou a cara para o corredor, e sorriu como era seu costume sempre com aspecto de bem disposto.
Domingo, 22 de Junho de 2008
O REBENTO XXXVIII
Após mais esta condenação de Whit. A comissão de investigação do senado, também conhecida por comité Kefauver, disse: Os prisioneiros Como o Whit, condenados à morte, São para alem de prisioneiros, Homens e pessoas tal como, os Policias, procuradores, Juízes, carcereiros, criminologistas e qualquer outro cidadão. Todos são homens e como tal sujeitos a errar. Todos podem ser: Cruéis e bons, Justos e injustos, Humanos e desumanos, Honestos e desonestos. O que é que fás de um homem um policia e de outro homem um ladrão? Ou um criminoso? Não será tudo uma questão de ensinamentos primários, educação e até sorte? Uma coisa é certa: É que houve muitos condenados antes de Whit, e muitos mais haverão depois dele, e não é por isso que vai deixar de haver, homens predestinados para o bem comum e homens predestinados para o mal comum. Também será certo que nunca houve e nem haverá tão cedo um caso que tenha abalado o mundo como o caso Caryl chessmann. Foi o caso mais mediático, e que mais abalou o mundo. Numa segunda-feira 24 /05 /1954 mais uma vez se encheu a sala de audiências onde várias vezes já tinha sido alterada a data da execução, para mais uma alteração. Onde sob os protestos da assistência, o Juiz Keating, comunicou ao mundo que a data de execução foi mudada para o dia 31 / 05 segunda-feira cerca do meio-dia.
Quarta-feira, 18 de Junho de 2008
O REBENTO XXXVI
Ninguém das várias especialidades da psique humana, conseguiu uma explicação plausível, Para o bom humor que este agora já homem, sempre manteve, e sempre com um sorriso de orelha a orelha. A sua expressão facial, Sempre se encaixou muito bem na de um homem bem colocado e bem sucedido na vida, e por isso muito feliz. Na foto em presença pode ver-se um homem tranquilo, sem preocupações, a ler um jornal matutino de Los Aneles. Que ele a muito custo conseguiu que alguém lhe fizesse chega ás mãos, Jornais estes que já eram atrasados, mas para whit era como se fossem do dia. Whit, lia uma notícia onde dizia: A Comissão de investigação do senado, também conhecida por, Comité Kefauver,Os presos condenados à morte, são pessoas como: Os policias, Procuradores, Juízes, Carcereiros, Criminologistas, e cidadãos extraordinários e ordinários. Todos eles, são seres humanos e sujeitos a errar.
Sábado, 14 de Junho de 2008
O REBENTO XXXIV
Apesar de tudo isto, o governador não abandonou a sua inflexibilidade. Manteve-se surdo e mudo perante todos os apelos de clemência que todos os dias surgiam das mais variadas partes do mundo. (A causa de eu me lembrar de contar este conto foi, a semelhança que teve em termos de mediatização, com o caso da menina Inglesa no Algarve em 3 Maio de 2007.(Nota minha). Surgiam apelos, dizia eude todas as partes do mundo: Por cada reportagem que os jornais publicavam, caíam Milhões e milhões de lágrimas, apesar de se tratar de um bandido que estava condenado à morte pelos crimes de que era acusado. Esta foto foi tirada no decorrer de uma entrevista, Em que o jornalista faz a seguinte pergumta a Whit: O fim aproxima-se e não se configura nada agradável. Ao que Caryl respondeu: Talvez os deuses malignos, me tenham retirado o apoio em algum momento de inspirada perfídia. Talvez S. Nicolau, Patrono dos ladrões, me tenha retirado o apoio, Só para ver o que eu fazia. A partir da altura em que foi preso nunca mais Whit voltou a ser o menino do papá e da mamã, Que a família Chessman tinha elegido como a sua coroa de glória. Tomou em suas pequenas mãos as rédeas do seu tortuoso destino. Eu disse que este caso fez correr rios de tinta: Para justificar isso basta dizer que em determinada altura dos acontecimentos, o Presidente do Brasil, À altura Janio quadros? Não tenho a certeza. Se era J. Q. Interferiu no caso com a seguinte proposta: O presidente do Estado de Los Angeles, dava o indulto a Caryl e extraditava-o para o Brasil E o Presidente do Brasil desencadeava o processo para o naturalizar cidadão Brasileiro, Tomando assim a responsabilidade por ele. Depois de vários adiamentos, conseguidos pelos advogados, através de novos dados que poderiam alterar a sorte de Caryl, O Papa da época, em 1963 Intercedeu por Caryl para que o Governo, lhe concedesse o indulto. A foto ilustra as manifestações que se fizeram em Los Angeles, a pedir o indulto do prisioneiro da cela 2455.
Terça-feira, 10 de Junho de 2008
REBENTO XXXII
Foi com certeza acusado de muitos crimes que não tinha cometido, Mas para quem já tinha logo à partida três condenações, quando só podia morrer uma vez, seria muito mais fácil confessar um crime que não cometeu, do que sujeitar-se ás tão penosas torturas. E assim foi indo de interrogatório em interrogatório até que Veio a ordem para não interrogar mais o prisioneiro Whit. E na mesma ordem de serviço que punha termo aos interrogatórios, acrescentava-se que o prisioneiro seria transferido para a cela nº- 2455 Situada na ala norte do mesmo estabelecimento, também conhecida por corredor da morte, porque naquela ala todas as celas eram blindadas e só eram ocupadas por prisioneiros já condenados à morte. A ordem dizia textualmente isto: A partir de agora o prisioneiro Nº 66.565 de seu nome completo, Caryl Whittier chessman. Situação actual, condenado à morte ou como também se dizia DANADO. Estava definitivamente, na sua última morada antes da fatídica e irreversível execução à morte na câmara de gás, desse mesmo estabelecimento. Faltava agora que o juiz instrutor definisse a data da sua execução. Já dentro da cela os guardas prisionais perguntaram-lhe, olhando para traz, o que achas que o teu passado tem de aproveitamento? – Que o crime não compensa. Apesar de disso e na sequência das notícias que encheram todos os matutinos do dia seguinte, podia ler-se um cabeçalho que dizia (o crime ainda compensa) Revista TIME nº 9 Março 1960, pagina, 62.Onde diz: Só 13% dos criminosos na América, é que vão ajustar contas com a lei. Moral da História: O crime compensa.
Domingo, 8 de Junho de 2008
O rebento XXXI
A partir destes dados foi possível encetar uma caçada muito mais eficaz ao já famoso assassino Whit. De tal forma foi montado o cerco, que não foi difícil apanha-lo. Uma vez preso de novo, foi de imediato levado ao juiz, que procedeu ao julgamento sumário, que por sua vez permitiu que o Whit voltasse para a jaula, mas desta vez para uma cela de alta segurança. A prisão era por si, de alta segurança, mas as celas nem todas eram de alta segurança. As celas de alta segurança são um autêntico contentor de metal duro, incluindo o chão. Aí esperou pela sentença que ia ser em primeiro lugar por ter fugido da prisão, e em segundo lugar pelos crimes cometidos após a fuga, sem esquecer o roubo do carro da polícia. Valeu-lhe tudo isto três condenações à morte, pese embora o facto de ele só poder morrer uma vez. Mas as sentenças do pequeno assassino não ficaram por aqui. Todos os dias ele era levado para interrogatório, e todos os dias ele se descaía confessando mais qualquer coisa, sendo ou não verdade as torturas eram de tal modo grandes que não era muito difícil obrigar um prisioneiro a contar a mentira que eles iriam depois chamar de verdade. Resumindo: De interrogatório em interrogatório, assim se chegou à bonita quantia de 13 condenações à morte.
Sexta-feira, 6 de Junho de 2008
REBENTO XXX
Mais tarde o jip. Apareceu no meio de um pinhal mas do seu ocupante nem o rasto. Entretanto começou a aparecer uma onda de assaltos na cidade de Virgínia acompanhada da morte dos seus ocupantes e mais tarde ainda começaram a aparecer pessoas mortas sem uma explicação plausível, esta situação começou a inquietar populações e governantes, até que o governo decidiu instalar câmaras de vídeo pelas ruas mais abandonadas para dar alguma tranquilidade à população. Foi também reforçado o contingente de policiamento que veio de algum modo diminuir a onda de assaltos. Mas a tranquilidade que era apanágio da cidade não mais voltou. Por várias vezes foi visto um individue-o que parecia ser um jovem, a assaltar carros mas nunca o conseguiam deter nem identificar, muito embora já se desconfiasse que era o fugitivo de S. Quintino não havia certezas. Entretanto, acontece um assassinato falhado, Em que o assassino é enganado, pensando quem matou mas não matou, Porque o infeliz que estava no lugar errado à hora errada era um policia à paisana, que andava a rondar o local e que por sinal tinha treino em simular a morte, foi isso que o salvou. E que deu a pista certa do assassino que andava à solta. Pela forma como as coisas correram deu para ele entender que as pessoas que eram assassinadas eram para evitar que contassem o que sabiam, ou o que viam. Era a garantia do assassino, não deixar testemunhas dos crimes. E esse assassino não era mais nem menos do que o nosso Whit.
Quarta-feira, 4 de Junho de 2008
O REBENTO XXIX
Sem que ninguém desse pelo seu desaparecimento. Todos os 79 prisioneiros que se encontravam em regime aliviado foram ameaçados, ou dizia para onde o Whit tinha ido, ou voltavam todos para o regime normal. Como ninguém disse nada porque ninguém o tinha visto fugir foram mesmo todos novamente para o trabalho mais pesado e sob o controlo das correntes, e os guardas que estavam responsáveis por aquele grupo foram todos castigados dois dias cada um, em dias a designar pelos serviços. Entretanto começou a caça ao homem, para apanhar o fugitivo. A cidade de S. Quitino, é uma cidade muito antiga e por isso com ruelas muito estreitas onde não cabe um carro. Por isso a polícia viu-se obrigada a deixar o carro e andar a pé. Ao darem por terminadas as buscas ali naquele bairro verificaram que o carro tinha desaparecido. Porque não era nada comum acontecer, logo pensaram: Ser obra do Whit. E não se enganaram, passada uma hora já estava no comando geral de polícia uma foto do carro da polícia, que foi tirada numa portagem de auto-estrada que mostrava que o condutor era nem mais nem menos que o celebre Whit. Com todas as autoridades do estado em busca do carro, e do seu condutor. A até ali pacata cidade de Los Angeles, transformou-se num inferno, mas as necessidades do Whit, já lhe tinham ensinado, que não podia facilitar nada. E foi o que ele fez, logo que lhe foi possível saiu da estrada e abandonou o jip. E fugiu a pé até conseguir roubar um carro que o transportou até ao estado da Virgínia. Onde parou por algum tempo, mas sem nunca parar de assaltar, e agora sempre à mão armada, mesmo nos furtos de Somenos importância.
Sábado, 31 de Maio de 2008
O REBENTO XXVIII
Ponto numero um, muita cautela e disciplina. Ponto numero dois. Estudo aturado dos horários, rondas e vigilância. Ponto numero três Mãos à obra. A terra era levada do túnel para sob a cama e entre as 5,30 h. e as 6,00 h. Essa terra era levada daí para o telhado por de traz da cabina do elevador. E assim se foi trabalhando até que ao fim de 12 dias o túnel estava escavado. Na noite após o túnel ficar pronto tinha que ser a fuga antes que tudo fosse descoberto. Plano estudado, plano executado, e na noite seguinte os dois amigos, Whit e Frank saíram pelo túnel para a liberdade. Mas, pouca sorte dos dois amigos, foram logo apanhados no dia seguinte numa rua de Los Aneles. Foram de novo levados para a prisão mas desta vês, Foram para uma prisão de alta segurança: S. Quintin, Foram para a aula sul aí as celas eram todas normais era onde ficavam os detidos que esperavam julgamento. No dia seguinte ás 10 horas, foram os dois presentes ao juiz. Que, dado o rol de crimes de que eram acusados, e que eles próprios confessaram sobre coação, os condenou a dois anos cada um de trabalhos forçados, na zona agricula da prisão. O tempo foi passando, e o Whit em especial era de uma sagacidade e humildade incomparáveis. Ao ponto de começar a trabalhar em coisas mais leves como por exemplo apanhar alfaces e pô-las nas caixas para irem a ser vendidas no mercado da cidade. Ao fim de dois meses já andava sem as correntes nos pés para impedir que pudessem correr. Ao quarto mês quando foram avisados através da sirene para irem almoçar o nosso amigo Whit tinha desaparecido de entre os 80 prisioneiros que o acompanhavam.
Terça-feira, 27 de Maio de 2008
O REBENTO XXVII
Agora é só esperar que venha visitar-me alguém de minha confiança, mas os dias passavam e não aparecia ninguém a visita-lo. Um dia quando ele menos esperava, vê com grande espanto, entrar para a cela numero 16 um rapaz que ele conhecia e vista mas que não sonhava qual era o seu meio de vida, mas que sabia chamar-se Frank. O Whit que estava na cela numero 19 do lado esquerdo do corredor, mas por sinal mesmo em frente à cela de Frank. Assim que as coisas acalmaram no corredor começou a meter conversa com Frank. Passados meia dúzia de dias já os dois sabiam das vidas um do outro. Numa noite em que Tinha havido uma festa na prisão, era o dia comemorativo da guarda prisional, e alguns tinham-se metido na pinga e então foi uma noite muito calma. O Whit conseguiu passar a mensagem para o Frank, dizendo-lhe que quando fosse visitado por um amigo de confiança que lhe pedisse um mapa dos terrenos que circundam a prisão. Porque ele não tinha a quem pedir porque não tinha visitas. Então o amigo Frank pela confiança que tinha em Whit, tratou logo de arranjar quem lhe fizesse chegar a planta dos terrenos que circundam a prisão. Uma vez a situação resolvida e os estudos feitos, toca para comessar a escavar um túnel para a fuga, era uma tarefa muito complicada já que não havia onde guardar a terra extraída do túnel, mas com calma e imaginação tudo se consegue.